Cores distorcem, vozes rompem.
Uma parafernalia de cores na minha íris.
As minhas pupilas lembram a lua cheia.
Vejo o meu esqueleto reflectido no espelho.
Os acordes da guitarra vão mudando o espaço.
Fractais diversos com tons de arco-íris.
A batida repetida do bombo serve de ritmo à viagem.
Os meus dedos por vezes são mais por vezes menos.
Todos os sons, agora, soam como água a correr.
Alucino, ao ver as coisas como elas são de verdade.
A mãe terra chora através dos teus olhos,
Pois os teus olhos são os olhos da mãe.
Estou perdido na continuidade temporal.
Uma entidade que não está presente guia-me.
Tento perceber para onde vou e eis que chego à luz.
Deito-me confortavelmente ao calor da luz branca.
Os mantras vão ficando mais fortes.
Sou envolto no abraço da mãe noite.
Enquanto o ciclo não acaba,
Tento permanecer calmo e desfrutar da viagem.
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