segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Palavras da boca de um sábio.


São longas aquelas noites
de comunhão com a solidão,
com o luar como ombro amigo
que nesta escuridão me ampara
para que não me sinta sozinho.

Onde será que isto me leva ?
Este caminho que não é o meu.
Descalço percorro os trilhos da vida
semeando talvez a sabedoria colhida
de eternos diálogos com uma mente adormecida.

E imponho-me assim perante todos vós
contra esses monstros da noite que residem em nós.
Esses que amordaçam e torturam a consciência
que nada mais é senão a essência
acima de toda e qualquer aparência.

Procurem então a vossa verdade,
e encontrem a luz na vossa razão.
Superem sempre a adversidade,
pois este mundo precisa dessa nova visão.

Posto isto, tenho apenas algo a dizer,
mas preciso que ouçam para vos fazer crer.
Pois por mais que nos queiram acorrentar,
haverá sempre algo que não nos podem tirar,
esse eterno e fiel companheiro
que dá pelo nome de 'luar'.



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A Lua é testemunha.


Se a lua falasse
não me deixaria mentir,
sobre aquilo que sinto 
quando te vejo a sorrir.

Será loucura, talvez,
ou o prazer de um amor,
o que há neste coração 
onde não cabe mais dor.

Mas a lua chorou
e o meu mundo acabou,
quando disseste aquele 'não'
sem aparente razão.

Aqui não quero ficar 
onde me veja sem ti,
olho antes para o mar
e penso onde te perdi.

Mas lá baixo o abismo
ganha uma forma inesperada,
sinto-me já a cair,
quase não penso em mais nada.

É triste mas é assim 
e vou-me sem me despedir,
queria apenas mais uma coisa:
- queria-te ver a sorrir.