terça-feira, 17 de maio de 2011

Rodopio Frenético

Sinto esta dor dilacerante tento fugir,
mas a dor mostra-se constante.
Que rodopio à minha volta! Tento dormir,
mas a vida dá voltas e revoltas.
Tento escapar mas não tenho pernas para andar.

Os caçadores de sonhos vão me apanhar
Ofegante tento mudar de rumo,
mas em todas as direcções,
o abismo,
sozinho e profundo.

Que sinfonia esta, uma orquestra de metais
ecoa na minha cabeça.
O velho permanece sentado na cadeira de baloiço,
observando-me a dormir enquanto eu caio,
atordoado.

Um corropio de cores me invade o olhos,
ardentes como a chama do dragão.
Num rodopio frenético surgem aqui e ali
memórias de como seria a vida futura,
sem maldade nem ingenuidade.

Vejo agora tudo branco, o mundo como ele é
finalmente, deixo bater a insónia de me sentir vivo!
Tal é o sofrimento, que penso tomar,
o veneno que daqui me irá levar.
E no mesmo instante o velho me vê a acordar.

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